Nestes anos lidando com negócios eu percebo cada vez mais o quanto a frase que diz “o progresso vem antes da ordem” é verdadeira. No mundo empresarial é preciso colocar a ação em prática, testar, validar e organizar o necessário com a devida prioridade ao longo do caminho, o contrário disso são tantos planejamentos incríveis que nunca saem do papel.

Isso serve para todos os setores da empresa, inclusive no financeiro. É claro que para começar qualquer negócio é preciso ter uma base financeira, um mínimo de organização e de capital de giro, mas conforme o caminho é trilhado surgem tantas questões que precisam de mais técnica, organização, relatórios, análises e consequentemente uma profissionalização da área. O financeiro sempre é onde o sintoma aparece e é preciso investigar qual a causa real dos desafios enfrentados.

Trabalhando com pequenas e médias empresas percebo que existem alguns estágios de Maturidade Financeira para definir onde a empresa se encontra e quais são as prioridades que deve colocar a frente para enfrentar os próximos passos em direção ao crescimento. Pensando nisso, organizamos uma Matriz de Maturidade Empresarial levando em consideração a profissionalização da Gestão Financeira da empresa com os seus resultados, que envolvem geração de lucro e expansão.

Entendendo em qual Nível a sua empresa se encontra no momento será mais fácil definir as prioridades das ações a serem tomadas visando o desenvolvimento do negócio. Confira este teste rápido e gratuito que desenvolvemos para você saber em qual nível de Maturidade Financeira sua empresa está: https://www.vbassessoriaempresarial.com.br/teste-maturidade-financeira

No primeiro estágio, que chamo de Nível 1, os desafios enfrentados pela empresa normalmente são falta de controles básicos como Contas a Pagar e a Receber, organização de documentos, atrasos em pagamentos e recebimentos, maior nível de endividamento, entre outros. Estes problemas impactam diretamente no atendimento aos clientes, faturamento, processos, produção, liderança e vemos muitas empresas se direcionarem à falência nesse nível.

Para encontrar as prioridades a serem enfrentadas em negócios nesta fase é preciso rever todo o conceito da empresa, desde o propósito e valores até os processos de funcionamento, margens e mercado, entendendo se o negócio é realmente sustentável ou se precisa ser reformulado. Uma vez que estes pontos estão validados, é preciso implementar uma rotina financeira de controles básicos, Fluxo de Caixa, relatórios gerais de a pagar e a receber, DRE, Balanço Patrimonial, etc. para que o negócio tenha uma estrutura de previsibilidade, tomando decisões de forma mais assertiva e com mais clareza dos passos a serem dados.

No segundo estágio, que chamo de Nível 2, é onde se encontram a grande maioria das pequenas empresas. Uma reclamação comum destes empresários é “eu trabalho há tantos anos e não vejo o dinheiro”. Muitas empresas não possuem problemas com controles básicos ou dívidas, porém mesmo com o faturamento aumentando a cada ano as despesas crescem na mesma proporção e não conseguem ver para onde o dinheiro está indo. Estão sempre correndo atrás do lucro sem conseguir fazer novos grandes investimentos na empresa e sem aumentar a sua qualidade de vida e de seus colaboradores.

Nesta fase é normal que sejam aplicados alguns estudos de análise de custos e despesas, precificação, mercado e participação (market share) e liderança. Explico cada um dos pontos a seguir:

Revisão de custos e despesas é essencial, muitas vezes a empresa não analisa custos antigos que não fazem mais sentido para o funcionamento da estrutura atual e precisam ser cortados, por vezes incluindo pessoas. A precificação também é um ponto importante, quando passam alguns anos e se cria um bom relacionamento com os clientes muitos enfrentam dificuldades ao precisar aumentar seu preço de venda, seja por insegurança ou outro motivo. A análise de mercado e participação no mesmo serve para entender quais são os movimentos que o público está fazendo e que impactam diretamente no seu negócio, onde pode ser preciso reformular processos, produtos, atendimento ao cliente, preço de venda, etc.

Essa é uma prática que precisa ser implementada constantemente como uma estratégia de negócio e neste ponto entra a liderança. Também é comum em empresas neste segundo estágio que o líder esteja muito envolvido na operação, no funcionamento do dia a dia. Isso leva ao ponto de não ter ninguém olhando para a estratégia, para onde o negócio está caminhando e mais importante: para onde quer e/ou não quer chegar.

No terceiro estágio, chamado de Nível 3, temos empresas que estão muito bem estruturadas financeiramente, possuem todos os controles e análises, boas margens de lucro, fatia de mercado e bom nível de profissionalização. Os problemas comumente enfrentados neste estágio é como se manter em um mercado que muda cada vez mais rápido e estar à frente da concorrência sem deixar boas oportunidades passarem, desafio que se não for realizado pode levar a um estado de obsolescência.

As prioridades para estes negócios são estudos de mercado e estratégias, montando um time de pessoas que estejam atualizadas sobre as práticas de mercado, oportunidades e inovações, mantendo a empresa em constante movimento. Este é um grande desafio para os empresários, onde é preciso uma capacidade de liderança e criatividade além do normal, criando assim as bases para uma empresa de grande impacto.

A liderança e o autoconhecimento fazem a diferença em todos os estágios que uma empresa pode estar enfrentando, entender em qual momento você se encontra e quais são os principais desafios a enfrentar auxilia na priorização das ações, levando a uma economia de tempo e maior agilidade frente ao mercado.

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